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ARTIGO: POR QUE DOS RADARES?

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) retirou os radares móveis da fiscalização das rodovias. A determinação veio, em meados de agosto, via despacho do Governo Federal. A decisão vale até que o Ministério da Infraestrutura conclua a reavaliação da regulamentação dos procedimentos para fiscalização eletrônica de velocidade em vias públicas.

Crédito: Arquivo Agência Brasil

O Setcemg sabe da importância dos radares, mas, ao contrário de muitos críticos, consideramos que o Governo Federal agiu corretamente em relação a este tema. E seria interessante também que os governos estaduais e municipais fizessem tal reavaliação. A medida traz à tona um debate importante – a necessidade de radares em certos trechos de tráfegos de veículos.

Quando olhamos um radar, em muitas ocasiões, estamos deixando de reparar o principal. A colocação destes dispositivos de fiscalização eletrônica não solucionam o real problema de infraestrutura das nossas rodovias: placa sinalizando trecho de curva perigosa; sinalização precária, falta de acostamento; estrada esburacada; manutenção escassa, entre outros.

Em determinados casos, é mais fácil para o governo colocar um radar, de modo a fazer com que o motorista dirija dentro do limite de velocidade nos trechos acima listados, do que investir seriamente no bom estado de preservação das nossas rodovias.

Só isso não basta para ser prudente, proteger vidas e fomentar a roda da economia que circula pelas estradas. Por isso, consideramos que apenas os radares não solucionam todos os problemas.

Sabemos que existem motoristas imprudentes e infratores. Mas apenas multas por excesso de velocidade estão sendo a solução? O que vem depois da multa? Falta mais. Falta um sistema de fiscalização inteligente e educativo.

Nesse sentido, endossamos que os governos municipais e estaduais, a exemplo do Governo Federal, façam um levantamento e reavalie se radares são, de fato, prioritários em determinados pontos de tráfegos de veículos. Ou seja, se são mais imprescindíveis à segurança do que meramente arrecadatórios.

Gladstone Lobato – Presidente do Setcemg*

  • Este artigo foi publicado originalmente no dia 26/08/2019 na coluna Painel do Transporte do jornal O Tempo.

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