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Conheça o perfil dos caminhoneiros do Brasil

CNT divulga a 7ª edição de pesquisa que traz dados sobre a rotina, o mercado de trabalho, as dificuldades e as principais demandas desses trabalhadores

Quem são os caminhoneiros do Brasil? Quais as dificuldades enfrentadas por eles no dia a dia de trabalho? Quais os principais entraves e demandas da profissão? Com respostas a essas e a outras perguntas, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) lança, nesta quarta-feira (16), a 7ª Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros.

Conhecer melhor a rotina, os problemas e as reivindicações desses profissionais é importante para que o trabalho da Confederação alcance resultados mais efetivos. Os dados também são essenciais para o SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), que, há 25 anos, capacita e cuida da saúde dos caminhoneiros em todo o país.

Entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro do ano passado, foram entrevistados mais de mil profissionais em todo o país, sendo 714 autônomos e 352 empregados de frota.

Conheça os principais dados coletados:

Perfil
Mercado é predominantemente masculino

O mercado de trabalho dos caminhoneiros é essencialmente masculino. A pesquisa da CNT revela que 99,5% desses profissionais são homens e a média de idade deles é de 44,8 anos. Além disso, eles ganham cerca de R$ 4.600 por mês e trabalham há 18,8 anos. Outro dado relevante é que os caminhões utilizados por eles têm, em média, 15,2 anos. No universo dos autônomos, 47% adquiriram seus veículos por meio de financiamento. Os caminhoneiros também estão cada vez mais conectados e preocupados com a saúde: 87,7% usam a internet, e 42,6% procuram profissionais de saúde para prevenção.

Rotina
Caminhoneiros trabalham, em média, 11,5 horas por dia

A rotina dos caminhoneiros é intensa. Eles chegam a rodar mais de 9 mil km por mês e a trabalhar 11,5 horas por dia e 5,7 dias por semana. Sobre o mercado, a pesquisa revela que 62,9% desses profissionais consideram que a demanda pelos serviços reduziu em 2018. Entre os pontos negativos da profissão, estão o fato de ela ser perigosa/insegura (65,1%) e desgastante (31,4%) e de o convívio familiar estar comprometido (28,9%). Mesmo assim, os caminhoneiros ainda relatam vários pontos positivos no trabalho, como conhecer cidades e países (37,1%), ter a possibilidade de conhecer pessoas (31,3%) e possuir o horário flexível (27,5%).

Problemas
Assaltos e roubos são os maiores entraves à profissão

Os assaltos e roubos são a maior dificuldade encontrada por 64,6% dos caminhoneiros entrevistados pela CNT. Cerca de 7% deles relataram que já tiveram o veículo roubado pelo menos uma vez nos últimos dois anos. Além disso, 49,5% desses profissionais recusaram a viagem por conta do risco de roubo/assalto durante o trajeto. O custo do combustível aparece como o segundo maior entrave vivenciado pelos motoristas (35,9%). Os trabalhadores também destacam como ameaças à profissão no futuro o baixo ganho (50,4%), a baixa qualidade da infraestrutura (20,9%) e a ausência de qualificação profissional adequada (15,6%).

Reivindicações
Redução do preço do combustível é principal demanda

A queda no preço dos combustíveis continua a ser o maior pleito dos caminhoneiros. No total, 51,3% consideram essa a maior demanda da categoria. Em segundo lugar, está a necessidade de mais segurança nas rodovias (38,3%), seguida de financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos (27,4%) e do aumento do valor do frete (26,2%).

Paralisação
65,3% dos caminhoneiros participaram da greve de 2018

A maioria dos caminhoneiros de todo o país (65,3%) participou da paralisação de maio de 2018. Segundo os dados da Confederação, 64,4% deles foram informados sobre a greve via WhatsApp. Outras informações relevantes: 74,7% dos profissionais conheciam a pauta em questão, e 56% não ficaram satisfeitos com as conquistas da paralisação.

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