De acordo com o levantamento, 70% dos empregos formais do setor estão no transporte terrestre, e o rodoviário é o maior empregador desse modal
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta semana o estudo “Transporte em Números”, que consolida informações do cenário macroeconômico brasileiro e o desempenho do setor transportador. No documento, está descrito o panorama geral em relação à economia em 2018, os reflexos para o transporte e como o setor tem contribuído para a recuperação do crescimento do país. Também há análises referentes a anos anteriores.
O transporte, com a atuação de todos os seus modais, é um setor gerador de empregos. São quase 200 mil empresas no país, com cerca de 2 milhões e meio de empregos com carteira assinada. Durante a forte crise na economia, foram fechados 210 mil postos formais de trabalho, de 2015 a 2017. Mas a expectativa começou a melhorar em 2018, com a criação de 29,4 mil vagas. Isso levou a um estoque de empregos com carteira assinada no setor de 2,34 milhões no final de 2018.
“O transporte reflete a economia. Transportamos aquilo que é produzido no país. A economia já começa a dar alguns sinais de recuperação, mas ainda é muito menos do que o Brasil precisa. Entretanto, temos expectativa de que a situação do país irá melhorar”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa.
Rodoviário
De acordo com o estudo, 70% dos empregos formais do setor estão no transporte terrestre, e o rodoviário é o maior empregador desse modal. Também é o rodoviário o segmento que mais tem sofrido os impactos da recessão. De 2015 a 2018, o fluxo total de veículos caiu, em média, 1,4% por ano nas rodovias concessionadas, sendo que a retração mais significativa foi no fluxo de pesados (2,8% ao ano). E o estado do Rio de Janeiro, com a situação agravada pelo roubo de cargas, tem experimentado as maiores perdas nos volumes de transporte. O fluxo de pesados nas rodovias cariocas caiu 6% ao ano, de 2015 a 2018.
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O Transporte em Números traz ainda informações sobre os veículos pesados, embarcações, aeronaves, equipamentos ferroviários e combustíveis.
PIB
Além de apresentar o panorama geral de cada um dos modais do transporte, o novo estudo da CNT aborda também os números do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2018, o PIB do transporte (incluindo armazenagem e correios) cresceu 2,2% em relação ao ano anterior. O índice representa o dobro do da economia em geral.
Na avaliação do estudo da CNT, “para que o volume anual de serviços de transporte de cargas e passageiros no Brasil retorne aos níveis pré-crise, ainda é necessário um crescimento de 7% da produção”. Em relação à economia em geral, para retornar ao nível de 2014, a produção de bens e serviços no Brasil tem que avançar 4,8%, conforme a análise da Confederação.
Ao considerar o PIB do transporte por região, é possível constatar que o Sul e o Sudeste são responsáveis por mais de dois terços do PIB do Brasil e do de transporte. Em 2016, o Sudeste respondeu por 52,4% do PIB do Brasil e por 59,6% do PIB do transporte. Entretanto, de 2002 a 2016, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram mais rapidamente do que as outras.
Fonte: CNT