O Setcemg, em parceria com a Fetcemg, realizou na tarde desta quinta-feira (4), mais uma live sobre as questões ambientais que repercutem no transporte rodoviário de cargas. Essa live abriu a campanha “Junho verde” das entidades.
A live “Emergência ambiental em tempos de coronavírus” foi com o gestor ambiental José Alves Pires e os analistas ambientais Ronildo da Silva Valente e Newton Pascal Tito de Oliveira, todos eles integrantes do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). A mediação foi feita por Walter Cerqueira, assessor juridicoambiental das entidades.
A conversa foi acompanhada por mais de 50 internautas que interagiram levantando questões. O gestor e os analistas ambientais falaram sobre os cuidados no atendimento às emergências que tiveram que ser ampliados com a pandemia da Covid-19. Sobre as ocorrências em Minas Gerais, destacaram a necessidade das transportadoras observarem com atenção ao contratarem uma empresa de atendimento à emergência.
Para Ronildo Valente, muitas empresas não têm as condições adequadas para o atendimento. “Queremos que as empresas que atendem emergências tenham uma base bem montada em Minas Gerais e cobrem um valor que chegue a um patamar real”, queixou-se.
Segurança nos atendimentos
Uma outra questão esclarecida pelos técnicos durante a live foi sobre o atendimento in loco às emergências. A necessidade de observar o uso das máscaras e a higienização das mãos são primordiais. Ronildo recomendou o uso de máscaras adequadas capazes de barrar o vírus e, também, os gases que porventura são expelidos no acidente. Recomendou a higienização, preferencialmente com água e sabão, lembrando que o álcool gel é inflamável.
José Pires divulgou os dados sobre os acidentes nas rodovias com produtos perigosos em Minas Gerais. Segundo ele, no período de 1º de março a 31 de maio deste ano foram 17% superiores a 2019. Ele aproveitou para lembrar que quanto mais rápida for a ação logo após a ocorrência, “mais você mitiga o problema e tem um menor custo”.
As cargas que mais causam cenários de desastre ambiental são as de combustíveis como gasolina, etanol e diesel. No entanto, Newton mencionou outras cargas que não são consideradas perigosas e que podem causar muitos danos, também. “Registramos de dois a três acidentes diários com grãos. E o transporte de carvão é muito preocupante, pois causam acidentes quase todos os dias”.
Finalizando, Walter colocou a necessidade de qualificação de todos os elos que envolve o transporte de produtos perigosos, ou seja as transportadoras, as empresas de emergência e, principalmente, quem contrata o serviço de transporte.
Assista à live completa no canal do Setcemg no Youtube. Aproveite para curtir o canal e nos acompanhar por lá.