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Minas Gerais faz sugestões para programa de segurança da CNT

Coordenador do Proteger – Programa de Segurança de Operações do Transporte de Carga, Getúlio Bezerra, apresenta propostas de enfrentamento ao roubo de carga para o GT de Segurança do Setcemg.

“O roubo de cargas se apresenta hoje como a nova fronteira do crime organizado, é o seu caixa eletrônico”, afirmou Getúlio Bezerra, coordenador do Proteger – Programa de Segurança de Operações do Transporte de Carga da Confederação Nacional do Transporte (CNT), durante a reunião especial do Grupo Técnico de Trabalho (GT) de Segurança do Setcemg, que aconteceu na tarde da última quarta-feira (30), no Sindicato.

Somente em 2017, o roubo de carga causou um prejuízo de R$ 1,6 bilhões. De 2011 a 2016, foram R$ 6 bilhões. Dada a magnitude do problema, afirmou Bezerra, a CNT criou o Projeto Transporte Seguro, com o objetivo de capacitar e integrar os diversos setores e agentes interessados no combate ao roubo de cargas e, assim, reduzir as perdas financeiras e coibir esse crime.

O objetivo da reunião em Minas Gerais foi apresentar a proposta da CNT e colher sugestões dos transportadores mineiros e suas lideranças sobre o assunto. O encontro foi aberto pelo presidente do Setcemg, Gladstone Lobato, que esteve acompanhado pelos diretores Warlon Nogueira Lima e Luiz Carlos Rodrigues da Silva, pelo diretor e coordenador da ComJovem Belo Horizonte e Região Metropolitana, Daniel Simas, e pelo integrante da ComJovem, Antônio Lodi.

Além dos transportadores, participaram da reunião representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar de Minas Gerais, Delegacia Especial de Roubo de Cargas e os assessores do Setcemg, Ivanildo Santos, coordenador do GT de Segurança, Luciano Medrado, Héber Boscoli e Jeferson Costa de Oliveira.

Proteger

O projeto da CNT sustenta-se em três pilares: levantamento de dados, capacitação e integração. O coordenador do projeto explicou a necessidade de se ter uma base de dados segura e para isso propôs a criação de um aplicativo onde as informações e cadastros das ocorrências possam ser compartilhadas e cadastradas em tempo real. “Isso facilitará o trabalho da imprensa, dos governos e das universidades para criar propostas e projetos de combate. O roubo de cargas não é apenas um problema dos transportadores, mas também do Estado brasileiro”, afirmou Bezerra.

Capacitação e qualificação

No projeto, a CNT propõe a capacitação e qualificação de motoristas, gestores das empresas de transportes e agentes públicos para lidar com o crime organizado, hoje característica do roubo de carga.O técnico do Sest Senat, Tomás Vasconcelos Nascimento, apresentou o escopo das qualificações que terão, em princípio, uma parte teórica, outra prática, ministrados em aulas presenciais e à distância.

“O roubo de carga é, sem dúvida, um tema relevante para o transporte. Capacitar os profissionais envolvidos na operação em todos os níveis torna-se necessário. A oportunidade de poder sugerir e contribuir com a estruturação e conteúdo do curso é muito rica”, avaliou Antônio Lodi, transportador e membro da ComJovem BH.

A qualificação inclui informação sobre o modus operandi das quadrilhas, treinamentos com situações de risco nos simuladores adquiridos recentemente pelo Sistema do Transporte, legislação, ações emergenciais, funcionamento e documentos do transporte, entre outras informações.

A equipe da CNT pretende apresentar a proposta a outros estados recolhendo sugestões e, segundo Bezerra, o curso já está aprovado pela diretoria da entidade. Dessa forma, acredita-se que até o segundo semestre ele poderá ser implementado.

GT de Segurança

O trabalho do GT de Segurança foi muito elogiado pelo coordenador do Proteger, que o qualificou de um “case” de sucesso a ser seguido pelas outras federações. “O trabalho é de toda a equipe, cada um cumprindo o seu papel e destaco o apoio que temos dos diretores e presidentes do Setcemg e da Fetcemg”, disse Ivanildo Santos, coordenador do GT.

Confira a galeria de fotos do evento.

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