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MOTORISTA NOTA 10: o controle dos pés e das mãos está na mente

Quinta reportagem da série especial Motorista Nota 10 traz a história de Feliciano Mendes de Oliveira da Transportadora Figueiredo.

Quando o neto de três anos e meio ganhou o prêmio de cavaleiro mirim na Festa da Lavoura no Morro da Garça, Feliciano Mendes de Oliveira, de 56 anos, brincou “você não tem idade para ganhar prêmio não. Eu, com essa idade, nem nunca ganhei nada”, brincou o avô coruja. Era um domingo em família. Na manhã do dia seguinte, em plena segunda-feira, veio uma surpresa. Recebeu a ligação de uma funcionária da Transportadora Figueiredo, empresa onde trabalha – ele recebera o anúncio que havia sido indicado como Motorista Nota 10.  “Eu? No meio daquela turma toda? Não me acho melhor do que ninguém, mas fiquei muito feliz”, conta. Chegou para o neto no mesmo dia e disse. “Não é só você que ganha prêmio não”, rememora com graça o episódio.

Motorista Nota 10 da Transportadora Figueiredo

A quinta reportagem da série especial Motorista Nota 10 conta um pouco sobre Feliciano Mendes de Oliveira. Caminhoneiro da Transportadora Figueiredo há quatro anos, ele nasceu, cresceu e mora até hoje na cidade de Curvelo, Minas Gerais. Casado desde 1986 com Maria José Mendes de Oliveira, 53 anos, possui três filhos adultos e dois netos.

Caminhoneiro no interior do Estado, Feliciano cresceu numa época muito diferente dos tempos atuais. Eram tempos de muitas estradas de terra e, além disso, o trabalho infantil era mais comum do que se imagina.

O seu avô possuía uma olaria e transportava tijolo. Feliciano conta que a sua diversão era andar para cima e para baixo de caminhão ao lado dele. “Fazia tijolo também, eu ajudava!”. Nos estudos, chegou a cursar até a oitava série. Saía da escola, após o término das aulas, todos os dias para trabalhar junto ao avô. E assim foi durante anos. E foi ali que aprendeu a dirigir caminhão. No início, foi manobrista no pátio da olaria. “Guardava caminhão, mas não pegava estrada”, deixa claro. Depois, buscava lenha no mato, transportava, fazia carga e descarga.

De 2004 a 2015 trabalhou em uma transportadora em Curvelo até que recebeu uma proposta melhor e migrou para a Transportadora Figueiredo. Antes de chegar ao emprego atual, fez de tudo um pouco. “Eu dirigi trator de 2004 a 2006. Sou da roça, mas não gosto de dirigir trator não”, graceja. “Voltei para o caminhão e não larguei mais não”, pontua ao enfatizar sua paixão.

Na Transportadora Figueiredo ele faz a rota Bocaiúva, João Pinheiro, Jeceaba, Felizlândia e Curvelo. Gosta de rodar dentro de Minas Gerais segundo afirma. Transporta carvão para os altos fornos da Vallourec.

Este Motorista Nota 10 faz jus ao reconhecimento. Perguntado sobre que conselho daria aos seus colegas de profissão, Feliciano foi taxativo. “Ter paciência!….”, faz uma pausa e continua o raciocínio. “O controle dos pés e dos gestos está na mente. É preciso dirigir com prudência, não cair em provocações e não exceder a velocidade na pista, afirma. “Dirigir com prudência e cuidar do caminhão”, continua. “E cuidar de caminhão não é só passar pano e deixá-lo limpo. É não acelerar em buracos, é fazer curva com cuidado porque pegamos muita estrada de terra ainda”, adverte.

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