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Petrobras desiste de aumento do preço do diesel nas refinarias

Estatal chegou a anunciar que o valor médio do litro do combustível iria subir 5,74% a partir desta sexta-feira (12). Setor de transporte fica em alerta e teme que aumento venha gradualmente, prejudicando o setor.

A Petrobras desistiu na noite desta quinta-feira (11) do aumento do preço do diesel nas refinarias anunciado. Para justificar a manutenção do preço, a estatal afirmou que há margem para postergar o aumento do diesel por “alguns dias”.

No início da tarde, a estatal chegou a informar que o valor médio do litro do combustível nas refinarias iria subir 5,74%, de R$ 2,1432 para R$ 2,2662, a partir desta sexta-feira (12).

Depois do anúncio do aumento, o presidente Jair Bolsonaro determinou que a companhia revisasse a alta no preço do combustível. O governo tem preocupação em não desagradar a categoria de caminhoneiros e transportadores de cargas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni afirmou que um reajuste maior seria um “solavanco na economia”.

Na tabela disponível no site da Petrobras na noite de quinta-feira, após o recuo da decisão da Petrobras, o preço do litro do diesel seguia em R$ 2,1432. O valor é o mesmo praticado desde 22 de março.

“Esse aumento repentino indica que teremos uma conta para pagar. O temor agora é que esse aumento venha em “doses homeopáticas” e prejudique o setor de transporte”, comenta o presidente do Setcemg, Gladstone Lobato.

Ações em queda

Após a estatal desistir de elevar o preço do diesel em suas refinarias, atendendo à interferência do governo, e em meio a clima de cautela quanto à articulação política da reforma da Previdência, as ações ordinárias da Petrobras tinham queda de 8,04%, negociadas abaixo de R$ 30 por papel. Já as preferenciais recuavam 7,39%, perto de R$ 26 por ação. Apesar do forte tombo, os papéis da Petrobras ainda acumulam valorização de mais de 15% no ano.

O recuo na decisão da Petrobras sobre o preço do diesel nas refinarias entrou em conflito explícito com a política liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes e levantou incertezas quanto à independência da estatal no que tange à sua política de reajustes de combustíveis.

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