De janeiro a julho deste ano, foram registradas 5.527 ocorrências, uma redução de mais de 11% na comparação com o mesmo período de 2023
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) destaca que, em 2024, o Brasil registrou uma significativa redução no número de roubos de cargas, fato que coincide com a entrada em vigor da nova legislação sobre seguros de cargas. Segundo dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas), de janeiro a julho deste ano, foram registradas 5.527 ocorrências, uma redução de mais de 11% na comparação com o mesmo período de 2023. A redução é positiva, mas as ocorrências continuam altas; e o trabalho de prevenção e repressão precisa continuar.
Desde junho de 2023, a nova lei – defendida pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) – transferiu para o transportador a obrigatoriedade da contratação dos seguros de responsabilidade civil sobre cargas, dando a ele as prerrogativas para a escolha do PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos). Isso contribuiu para fortalecer o controle e a segurança das operações logísticas.
O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, afirma que a nova legislação trouxe mais clareza e maior segurança para os transportadores, além de permitir uma melhor adequação das apólices de seguros à realidade do setor. “Observa-se uma queda no número de roubos registrados, o que espelha a assertividade da nova legislação. A contratação do seguro pelo transportador possibilita uma logística mais eficiente e estratégias mais seguras. Contudo, é fundamental que o poder público siga investindo em segurança e trabalhe pelo fim das sinistralidades”, diz.
A CNT seguirá acompanhando os efeitos da legislação e trabalhando junto ao setor para promover avanços que garantam a segurança e a sustentabilidade das operações de transporte em todo o país. “Em razão dos seus efeitos em cadeia, o roubo de cargas é um crime que afeta fortemente a economia, resultando em perda de competitividade, com a transferência dos custos extras para a sociedade, por meio do preço final das mercadorias. Além disso, fomenta o crime organizado e financia o tráfico de armas e drogas”, conclui Vander Costa.
Fonte: Agência CNT Transporte Atual