O Brasil vive a sua pior crise e o setor de transporte sofre todos os reflexos negativos dessa conjuntura, seja do lado da queda da atividade econômica, seja do lado da insegurança jurídica. É preciso que o setor se reorganize para conseguir atender o crescimento da demanda e recuperar a capacidade de investimento. Confira o artigo assinado pelas diretorias do Setcemg e da Fetcemg publicado na coluna Painel do Transporte, do jornal O Tempo, desta segunda-feira (10).
O Brasil vive a sua pior crise, com uma economia estagnada, alto índice de desemprego e aumento da criminalidade, além das mazelas da política, operada por dezenas de partidos sem programas e um sistema judiciário a proferir sentenças que são revogadas ou revistas logo adiante.
No entanto, deve-se enxergar o lado positivo do cenário que se abriu depois do processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff: a política econômica vem sendo conduzida com responsabilidade e realismo.
Já se sabe o tamanho do problema do déficit fiscal e as ações são focadas em assuntos relevantes como teto de gastos, reforma da previdência e a modernização das relações trabalhistas.
O setor de transporte sofre todos os reflexos negativos dessa conjuntura, seja do lado da queda da atividade econômica, seja do lado da insegurança jurídica.
O empresariado do setor chegou ao fundo do poço e tem consciência que é preciso se preparar rapidamente para um novo ciclo de crescimento. O futuro é desafiador.
Como sempre, o Brasil precisará muito do transporte, dos operadores da logística de um país enorme e com infraestrutura precária.
É preciso que o setor se reorganize para conseguir atender o crescimento da demanda e recuperar a capacidade de investimento.
Todas as ações precisam ir na direção de três pontos fundamentais: atuar de forma organizada no aumento da produtividade e na redução dos custos globais da cadeia produtiva; buscar com muita determinação a realidade tarifária em importantes segmentos da atividade -uma vez que o longo período de excesso de oferta produziu tarifas flagrantemente irreais; e recuperar a imagem e preservar o futuro das empresas, seguindo as boas regras de governança e responsabilidade social.
É isso que o Brasil espera dos empresários e, mais uma vez, não vamos falhar.