Uma sessão especial no Senado comemorou, na segunda-feira (18), os 110 anos do ensino técnico e profissionalizante no Brasil. A solenidade homenageou todos os atores do Sistema S, que atuam para oferecer cursos técnicos e profissionalizantes em todas as áreas da economia, qualificando pessoas para o mercado de trabalho.
Presente na sessão, a diretora-executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, destacou que o trabalho realizado pelo SEST SENAT tem como missão a transformação de vidas, com a oferta de educação profissional e de assistência à saúde aos trabalhadores do transporte, contribuindo para o desenvolvimento do setor de transporte e da sociedade brasileira. “O SEST e o SENAT atuam de maneira conjunta, oferecendo um serviço de assistência completa. Cuidamos da saúde e da formação profissional desses trabalhadores, garantindo, assim, melhores condições de empregabilidade e de qualidade de vida. É gratificante saber que o trabalho que realizamos melhora as condições de vida dos trabalhadores e permite que as empresas sejam mais produtivas.”
A diretora-executiva nacional destacou ainda que, em 26 anos de atuação, o SEST SENAT já realizou mais de 67 milhões de atendimentos somente em educação profissional. Em 2019, foram 5,7 milhões de atendimentos e mais de 1,5 milhão de matrículas. No portfólio, estão disponíveis 465 cursos presenciais que abordam os mais variados temas relacionados ao transporte e ao mundo corporativo.
Além dos cursos presenciais, a educação a distância no SEST SENAT está em franca expansão. De 2015 a 2018, cresceu 1.166%, dando um salto de 42.250 para 492.594 matrículas. Atualmente, a plataforma EaD SEST SENAT, oferta 213 cursos, contemplando diferentes áreas do conhecimento, como: transporte, trânsito, gestão, serviços e conhecimentos gerais, totalmente gratuitos para os trabalhadores do transporte.
Compromisso com a empregabilidade
O SEST SENAT, além da formação profissional, tem um compromisso com a empregabilidade. Alguns dos objetivos estratégicos da instituição são aumentar o número de profissionais capacitados para o setor de transporte e contribuir, dessa maneira, para a retomada do crescimento econômico do país.
Nesse sentido, algumas ações merecem destaque. O projeto Carreira Profissional, foi lançado recentemente para capacitar jovens de 14 a 24 anos de idade para o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, contribuir para que as empresas tenham, em seu quadro funcional, colaboradores mais bem preparados.
Aos jovens são oferecidas capacitações em cursos presenciais, palestras e treinamento a distância. Podem participar jovens à procura do primeiro emprego e, também, quem já teve alguma experiência e busca recolocação no mercado de trabalho. O projeto prevê, ainda, a divulgação de um ranking com os melhores alunos. No final da capacitação, o SEST SENAT vai avaliar os participantes, que serão ranqueados de acordo com a pontuação adquirida.
Também como forma de contribuir com a empregabilidade, o SEST SENAT ampliou a oferta de vagas no projeto Qualificação de Cobradores. Ao todo, são 1.340 vagas para profissionais em busca de uma nova carreira, como motoristas de ônibus. As inscrições começam no dia 20 de novembro e vão até o dia 6 de janeiro. O projeto surgiu em fevereiro deste ano para atender às demandas do setor de transporte, principalmente pela crescente adoção da bilhetagem eletrônica nos ônibus urbanos. Desde o início deste ano, mais de 3.700 cobradores foram contemplados no projeto, que consiste em viabilizar a mudança da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria B para a D e ofertar cursos de capacitação com treinamento prático no simulador de direção.
A sessão do Senado foi uma iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), que é ex-aluno de uma escola técnica em Caxias do Sul (RS) e destacou, durante o evento, a importância do Sistema S como fator de inserção social. “A educação técnica e profissional reduz custos, melhora a qualidade dos serviços e aumenta a fidelização dos trabalhadores à empresa. A educação age como fator de inserção social. É um equívoco querer destruir ou desconstruir o ensino técnico e profissionalizante. O caminho certo é ampliar o ensino técnico. É a única forma de combatermos a pobreza.”
Sistema S
As primeiras escolas de formação foram criadas a partir do decreto n.º 7.566, de 1909, do presidente Nilo Peçanha (1867-1924). Entre janeiro e outubro de 1910, foram abertas 19 Escolas de Aprendizes Artífices em 19 estados. Hoje, elas se somam às escolas técnicas do Sistema S e aos institutos federais de ensino. Há quase 600 municípios atendidos, tendo sido formados mais de 76 milhões de alunos.
O Sistema S é composto por nove instituições. Além do SEST SENAT, estão presentes o Sesi (Serviço Social da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), o Sesc (Serviço Social do Comércio), o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
Fonte: CNT