O setor de transporte rodoviário acompanha com preocupação os impactos da pandemia do novo coronavirus (Covid-19) na economia e no consumo dos brasileiros.
Assim, desde o dia 16 de março, e durante todo o período de restrições impostas pelas autoridades, o Departamento de Custos Operacionais (DECOPE) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) vem acompanhando o impacto da pandemia no volume de cargas movimentadas pelo país. O levantamento considera informações passadas por mais de três mil empresas de todos os estados e do Distrito Federal.
A apuração da 6ª semana demonstra que a retração, que na semana anterior havia atingido 45,17%, teve uma leve recuperação e chegou a 44,84% no volume de cargas movimentadas.
Segmentando, o transporte de cargas fracionadas, que são aquelas que contêm pequenos volumes entregues para pessoas físicas, distribuidores, lojas de rua e de shoppings, além de supermercados e outros estabelecimentos, teve uma pequena recuperação, chegando a uma queda de 47,31%. Na semana anterior, esse índice havia chegado a 47,58%.
Já para cargas lotação ou fechadas, que são aquelas que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas basicamente nos abastecimentos industriais e no escoamento de safras, os números se mantiveram, registrando 43,34%.
Confirmando sua importância para a sociedade, o setor está fazendo a sua parte, trabalhando para garantir o abastecimento. As empresas estão usando todos os subterfúgios disponíveis para garantir aos seus trabalhadores seus salários e postos de trabalho.
No entanto, precisamos de mais apoio dos governos federal e estaduais para que tenhamos segurança jurídica para seguirmos pelos próximos meses que, tudo leva a crer, serão desafiadores para todos.
Gladstone Lobato, presidente do Setcemg