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Um amor que segue gerações – conheça a história do Motorista Nota 10 da Transavante, senhor Zinho

Muitos anos de estrada, muita história para contar e um grande legado para deixar para seu neto, Atacísio Francisco Coelho Guedes, que já veste a camisa da Transavante. A viagem de hoje é com o Motorista Nota 10 da Transavante, senhor Atacísio Francisco Coelho, de 62 anos.

No trajeto Belo Horizonte/Vitória carregado com cal, a parada foi em Venda Nova, região serrana do Espírito Santo, uma grande descida de serra para chegar na capital capixaba. Um trecho que pede paciência e atenção, qualidades que não faltam a Atacísio, 37 anos de Transavante. Em um pequeno intervalo na jornada ele compartilha sua história.

Atacísio conta que já rodou por todos os cantos do país pela Transavante. Atravessou muitas vezes o rio Madeira de balsa, já chegou no extremo oeste do país, passou pelo Acre, pela divisa com o Peru, divisa com a Bolívia, Paraguai e Argentina. “Não tenho uma rota certa. Não gosto de ficar repetindo. Hoje estou aqui e amanhã em outro lugar”, conta.

Atacísio já passou por muito perrengue pelas estradas afora. Acontecimentos que são dramáticos por alguns momentos, mas que o tempo se encarrega de suavizá-los e até torná-los divertidos.

Em um desses, ele conta que estava próximo a São José dos Campos, dirigindo-se para o litoral paulista. Chovia há alguns dias em uma região de serra, com montanhas de pedras que “choram”. De repente, encontrou a estrada fechada devido à queda de barreiras.

“Cancela fechada. Ficamos parados na estrada por uma semana. Caminhões de frutas, de leite e de carne, mesmo sem frigorífico, foi o que nos salvou. Éramos muitos motoristas. Assamos carne da forma que pudemos, comemos melancia, bananas… sem tomar banho, sem condições, os produtos perdendo. Naquela época, o caminhão não tinha cozinha”, conta ele, lembrando que nessas horas todos se transformam em uma grande família.

A saga da infância

Atacísio perdeu a mãe em 1963 e o pai adoeceu em 1970, teve um derrame. Isso transformou sua vida e a de seus irmãos em uma grande saga. Ficou grande parte de sua infância em um orfanato. “A gente ficou vagando”, conta.

Com 11 anos, foi para uma roça em Rio Casca, onde “piava” as vacas para o peão tirar o leite. “Não tinha tamanho e altura para tirar leite”, lembra. Foi nesse lugar que o caminhão se apresentou em sua vida como um encantamento. “Era uma alegria quando chegava o caminhão do boiadeiro repicando a buzina. Como era lindo aquele som! Pensava comigo: ainda vou ser motorista”, conta.

No município de Papagaios, trabalhou com trator em fazenda de cana de açúcar e depois seu irmão o buscou para trabalhar dirigindo ônibus em pequenos percursos. “A mala é um saco e o cadeado é o nó”, pensou ele naquela época, arrumando a mudança e seguindo viagem. Daí por diante, o seu destino no volante estava traçado.

Na Transavante desde 1981

Em 1978, começou a fazer uma linha de ônibus e em 1981 foi convidado a fazer um teste para motorista na Transvante. “No outro dia, já estava contratado”, lembra Atacísio, tratado carinhosamente por “Zinho”.

Hoje, senhor Zinho trafega pela empresa orgulhoso com seu netinho, que além de carregar o mesmo nome também adora caminhões e veste com alegria e orgulho a camisa da empresa, igual à do avô. A camisa foi presente de Gladstone Lobato, diretor presidente da Transavante e do Setcemg, que encomendou uma especial para o garoto.

Não é preciso dizer que Zinho veste a camisa da Transavante, sempre bem passada. Tem o cuidado de manter o uniforme impecável e está sempre de barba feita, consciente de que representa a empresa por onde passa.

Com mais de 30 anos de experiência na estrada, o senhor Zinho adverte que é preciso muita atenção e que não pode entusiasmar com a potência do caminhão. “É preciso seguir tranquilo e com segurança!”, finaliza.

Parabéns, senhor Zinho! Você é um Motorista Nota 10!

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