A governança corporativa é um conceito ligado às ações que visam o sucesso do negócio
“Governança corporativa e geração de valor” foi o tema do Café com Palestra promovido nesta quinta-feira (26) pelo SETCEMG, em sua sede, com os palestrantes do escritório Daniel Urbano Advogados.
Na abertura do encontro, o advogado Daniel Urbano falou sobre sua experiência de mais de 25 anos atendendo empresas do setor. Com seus clientes, ele sempre parte do princípio de que “é preciso entender do negócio do seu cliente, saber o que funciona e o que não para tomar as decisões certas”.
Governança corporativa e geração de valor é bem mais que sucessão familiar, é trabalhar com regras e procedimentos independente do tamanho da empresa, buscando a perenidade do negócio. Neste sentido, esclareceu Úrsula, “é preciso criar mecanismos, procedimentos e regras claras e transparentes para que todos os envolvidos no negócio – colaboradores, sócios, gestores e clientes – estejam alinhados com sua continuidade e seu sucesso”.
“Quem está pensando em longo prazo não pensa apenas em investimento/custo, pensa em valores. Assim, o investimento em ética não custa caro, quando se pensa na perenidade do negócio”, alertou.
“Um dos principais resultados das empresas que implanta a Governança Corporativa, explicou Úrsula, é o ganho de credibilidade e transparência que a organização passa a ter perante os concorrentes e o mercado em geral. E essa credibilidade pode ser mais bem traduzida por meio da palavra valor”, completou Úrsula.
Governança Corporativa e Geração de Valor na Esfera Trabalhista Atual
Os impactos da Governança Corporativa na criação de valor e na área trabalhista foi o tema apresentado pela advogada Clarisse. Ela contextualizou a situação trabalhista atual, com a crescente judicialização, as teses recorrentes como horas extras não pagas, intervalos suprimidos, tempo de espera, insalubridade, periculosidade, vínculo de emprego com autônomos e transportadores agregados e os impactos da reforma trabalhista no setor de transporte.
“A governança é uma ferramenta importante na prevenção trabalhista. É preciso estar atento para evitar informalidades e contratos frágeis. Não basta terceirizar: a empresa é responsável subsidiária ou solidária em várias relações”, alertou. Ela enumerou algumas práticas preventivas necessárias:
– controles de jornada;
– treinamento contínuo;
– comunicação interna eficaz; e
– cultura de prestação de contas.
São práticas de governança que geram valor concreto para empresas, sendo um deles a diminuição de passivos trabalhistas. A advogada, ao final, deixou como síntese que uma boa gestão trabalhista não é um custo, é um investimento que protege o patrimônio da empresa, a sua marca e a continuidade do seu negócio. A governança é o elo entre a conformidade e a competitividade. Empresas que governam bem, crescem mais e litigam menos.
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