Volume de serviços de transporte cresceu 0,2% em agosto, de acordo com os dados do Boletim de Conjuntura Econômica
O setor de transporte demonstra resiliência e força, mas o crescimento tem desacelerado ao longo do ano, de acordo com a última edição do Boletim de Conjuntura Econômica de outubro de 2025, elaborado pela CNT. O volume de serviços de transporte cresceu 0,2% em agosto em relação a julho e está 22,4% acima do patamar pré-pandemia. O desempenho do setor de transporte tem sido melhor do que o de outros segmentos de serviços recorrentemente, desde o início de 2021.
Entre os segmentos, o transporte de cargas apresentou crescimento de 0,6%, em agosto, e alta de 38,7%, em relação ao período pré-pandemia. O transporte de passageiros também mostrou desempenho positivo, com aumento de 0,3%, no mês de agosto, e crescimento de 9,9%, em relação à crise sanitária. Na comparação com agosto de 2024, o transporte de cargas cresceu 4,1%, enquanto o de passageiros teve alta de 10,1%.
No acumulado do ano, os serviços de transporte de passageiros registraram expansão de 7,1%; e os de cargas, de 0,2%. Esse desempenho reflete a recuperação gradual das empresas do segmento de passageiros, fortemente impactadas pelas alterações na rotina e no padrão de consumo nos últimos anos.
O Boletim também mostra que a inflação do grupo Transportes manteve-se praticamente estável em setembro, com variação de 0,01%, bem abaixo do índice geral do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que registrou 0,48%. A inflação acumulada em 12 meses é de 5,17% até setembro, acima do teto de meta de 4,5% ao ano pelo 12º mês consecutivo, uma das razões para o Copom (Comitê de Política Monetária) manter a meta da taxa de juros em 15% ao ano. Já a inflação do setor de transporte ficou em 3,18% no acumulado em 12 meses, em um cenário de pressão inflacionária mais ampla.
Entre os insumos do transporte, os combustíveis tiveram alta de 0,87% em setembro, com destaque para o etanol (+2,25%), a gasolina (+0,75%) e o óleo diesel (+0,38%).
O índice de atividade econômica IBC-Br de agosto de 2025, divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central, apresentou crescimento de 0,4% em relação a julho. A alta ficou aquém das expectativas do mercado, que esperava avanço de 0,6%. O IBC-BR é um sinalizador antecipado do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto).