Scroll Top

Baixo nível de atividade e lento crescimento marcam a recuperação econômica no Brasil

Em nova edição do boletim Conjuntura do Transporte, CNT analisa resultados da economia, impactos da precificação de combustíveis e resultados do transporte.

​A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou, nessa terça-feira (20), a nova edição do boletim Conjuntura do Transporte. O documento analisa os resultados da economia do Brasil e do setor de transporte, os impactos da política de precificação dos combustíveis adotada pelo governo federal e as projeções do desempenho do Brasil para os próximos meses. Segundo a análise da Confederação, os resultados da economia brasileira ainda estão aquém do necessário para que se retome uma trajetória sustentada de desenvolvimento e de expansão da economia.

Os dados compilados pelo boletim apontam que a economia avançou a uma taxa média de 1,1% nos últimos seis trimestres, o que denota o ritmo vagaroso de crescimento. Isso limita a demanda por serviços de transporte e faz o setor também apresentar baixos níveis de atividade.

Na avaliação da CNT, “o país está num círculo vicioso, no qual entraves de natureza estrutural, conjuntural e circunstancial, combinados, reforçam a dinâmica de relativa inércia no desempenho do PIB”. Para mudar essa lógica e permitir que o país retome uma trajetória de crescimento que se sustente ao longo do tempo, a Confederação Nacional do Transporte defende a criação de um programa de investimentos em infraestrutura. Para tanto, é importante solucionar dificuldades reconhecidas, como a restrição fiscal, o adiamento de investimentos das empresas e incertezas nos programas de concessões.

“De acordo com o Plano CNT de Transporte e Logística 2018, o Brasil demanda aportes da ordem de R$ 1,7 trilhão só na área de infraestrutura de transporte. Esses aportes podem e devem ser realizados em parceria com a iniciativa privada, porém, o Estado também tem um papel importante a cumprir, viabilizando diretamente, por exemplo, projetos com alto benefício social e baixo retorno financeiro”, diz o Conjuntura do Transporte.

Paralisação e preços de combustíveis

Ainda conforme a análise da CNT, a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no fim de maio, teve impacto pontual sobre o PIB (Produto Interno Bruto), uma vez que o desabastecimento ocasionado pelo movimento ocorreu em um intervalo de dez dias.

Entretanto, as medidas emergenciais adotadas pelo governo federal em resposta à paralisação (de cunho regulatório e político-econômico) causaram impactos mais abrangentes, “alterando a estrutura de custos da economia, o planejamento empresarial e o processo de tomada de decisão das firmas para o médio e longo prazos”. Entre elas, esteve o congelamento do preço do diesel, que chegou ao fim no dia 31 de agosto. Desde então, a CNT observa que o preço médio do combustível voltou a apresentar tendência de elevação acelerada. Na semana de 4 a 10 de novembro, por exemplo, os preços chegaram a R$ 3,69 na bomba dos postos, aproximando-se do patamar de pico observado na semana de 27 de maio a 2 de junho.

“Diante desses indicadores, o que se apreende das medidas adotadas pelo governo federal é que elas foram concebidas em caráter emergencial, priorizando resultados de curtíssimo prazo, sem, no entanto, dotar o país de uma política sustentada de precificação de combustíveis, capaz de estabilizar e dar transparência à trajetória de longo prazo dos preços e, ao mesmo tempo, assegurar a saúde financeira, otimizar a gestão e promover a competitividade da Petrobras. Sem esses fundamentos, o ambiente no país ainda é de forte incerteza quanto às diretrizes que deverão pautar a formação de preços dos combustíveis no futuro”, avalia a Confederação.

Clique aqui para fazer download da íntegra do Conjuntura do Transporte.

Deixe um comentário

Privacy Preferences
When you visit our website, it may store information through your browser from specific services, usually in form of cookies. Here you can change your privacy preferences. Please note that blocking some types of cookies may impact your experience on our website and the services we offer.