Felizmente, alguns setores da economia estão dando sinais consistentes de retomada de crescimento e, consequentemente, o setor de transporte começa, também, a dar sinais de aumento no volume transportado em vários segmentos.
Ainda não há motivo para euforia, mas, um pequeno fôlego nas enormes dificuldades que o setor vem passando nos últimos anos. Talvez seja este o momento para o transporte realinhar a oferta e a demanda e equilibrar os contratos em curso.
Repense a sua empresa e tome as medidas necessárias para torná-la rentável e perene, ainda que tenha que ousar em atitudes corajosas.
Desde 2013, grande parte dos fretes está com reajustes abaixo da inflação ocorrida nos custos do TRC, provocando inevitavelmente a redução e até mesmo a eliminação do lucro. Muitos já estão no prejuízo!
O aumento da quantidade transportada não significa necessariamente aumento de lucro, pois, se o valor do frete total for inferior ao custo, quanto mais transportar maior será o prejuízo. Só existirá lucro quando o frete for superior ao custo (incluindo os impostos)!
Reveja os contratos de transporte e inclua neles uma cláusula de reajuste automático toda vez que o aumento acumulado do diesel seja igual ou superior a 5,0% (cinco por cento). Com a política de preço atual da Petrobrás, de reajustes quase diários, não resta alternativa ao transportador que não seja o repasse destes aumentos. O diesel representa em média 40% do custo de transporte.
O tempo para carga e descarga é outro ralo de rentabilidade. Cumpra o que determina a Lei e não assuma mais este custo, ele é do embarcador. O mesmo acontece com o pedágio!
No início do ano, provavelmente, teremos a reoneração da folha de pagamentos sobre a mão de obra, que por si só já é muito elevada e, no caso dos motoristas, rigorosamente regida pela Lei 13.103.
O SETCEMG divulga diariamente no seu site www.setcemg.org.br a evolução do preço do diesel e o percentual para disparo de gatilho. Este alerta é um dever do Setcemg para recuperar o mínimo de rentabilidade do setor.