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Presidente do SETCEMG abre seminários do Encontro de Empresários destacando desafios do transporte

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Na tarde do dia 19 de setembro de 2024, o presidente do SETCEMG, Antonio Luis da Silva, deu início à sessão de seminários do Encontro de Empresários com uma análise detalhada dos dados da pesquisa realizada pela NTC&Logística. Em sua apresentação, Antonio Luis abordou o desempenho do setor de transporte rodoviário de cargas no primeiro semestre de 2024 e trouxe reflexões sobre os desafios e oportunidades que moldam o mercado.

De acordo com os números apresentadsetos, o cenário revelou uma divisão perceptível no desempenho das empresas: enquanto 33,1% dos entrevistados relataram uma melhora em comparação ao mesmo período de 2023, 41,1% apontaram uma queda de desempenho. “É um retrato claro da instabilidade que vivemos no setor. O mercado ainda não se estabilizou, e os custos operacionais têm sido um dos principais fatores dessa oscilação”, explicou o presidente do SETCEMG.

Aumento de custos e defasagem no frete

O aumento de custos foi uma das maiores preocupações levantadas na pesquisa, sendo citado por 26,8% dos respondentes como o principal fator que impacta negativamente a rentabilidade das empresas. Além disso, o frete cobrado não acompanhou essa elevação, com 15,4% dos entrevistados destacando que o valor do frete não melhorou, enquanto 22,8% relataram uma queda no volume de cargas transportadas. “Estamos falando de uma defasagem de 15,3% nos custos praticados no primeiro semestre, e isso reflete diretamente na capacidade das empresas de manterem-se competitivas”, destacou Antonio Luis.

Ele também lembrou que a defasagem é mais expressiva no transporte de carga lotação, onde o transporte exclusivo para um embarcador atinge uma defasagem de 17%, enquanto no transporte fracionado, que compartilha cargas de diversos clientes, a defasagem foi de 12,6%. “O setor precisa reagir. Continuar operando com defasagens dessa magnitude é insustentável no longo prazo.”

Comportamento do frete e desafios futuros

Ao analisar o comportamento do frete entre 2021 e 2024, a pesquisa apontou um cenário preocupante. O número de empresas que afirmam estar em uma situação pior que no início de 2021 subiu de 34% para 41% em agosto de 2024. Além disso, o número de empresas que mantiveram ou concederam descontos no frete caiu de 72% em 2021 para 59% em 2024.

Outro dado alarmante foi o aumento do prazo médio de recebimento do frete, que saltou de 36,4 dias em 2021 para 42,8 dias em 2024, enquanto o percentual de empresas com fretes em atraso subiu de 70% para 81%. “Esses números mostram como o cenário está mais desafiador. Estamos com prazos de pagamento cada vez mais longos e enfrentando um aumento nos atrasos. Isso pressiona ainda mais a saúde financeira das transportadoras”, afirmou o presidente.

Quanto às perspectivas para o futuro do valor do frete, 49% dos entrevistados acreditam que a situação irá piorar, enquanto 42% preveem estabilidade e apenas 9% têm uma visão otimista. “Temos que trabalhar para mudar essa perspectiva. O setor precisa ser mais valorizado, e isso passa por uma revisão das políticas de preço do frete”, disse Antonio Luis.

Contratação de motoristas e reforma tributária

Outro ponto importante da pesquisa foi a dificuldade das empresas em contratar motoristas e agregados. Segundo os dados, 32% das empresas relatam enfrentar muitas dificuldades, enquanto 33% possuem um pouco de dificuldade no processo de contratação. “Um dos maiores desafios na contratação de motoristas está nos salários oferecidos, que muitas vezes não são compatíveis com as exigências do mercado atual. Esse desalinhamento faz com que as empresas enfrentem essa escassez de mão de obra qualificada”, afirmou Antonio Luis.

Além da questão salarial, o presidente também destacou a necessidade de maior valorização da profissão e investimentos em capacitação para atrair novos talentos ao setor. “Sem mão de obra capacitada, o crescimento do setor fica comprometido, e isso afeta diretamente nossa competitividade.”

A reforma tributária também foi tema de destaque. A pesquisa revelou que 69,1% dos entrevistados acreditam que as mudanças irão piorar o ambiente de negócios, enquanto apenas 15,4% veem uma possível melhora. “Estamos atentos a esse cenário e prontos para buscar soluções que minimizem os impactos negativos da reforma no setor de transporte rodoviário”, concluiu Antonio Luis.

A palestra foi um momento crucial do Encontro de Empresários, trazendo uma visão aprofundada sobre o atual panorama do setor e reforçando o papel do SETCEMG na busca por soluções e melhorias para os transportadores mineiros.

Todas as fotos do evento você pode conferir AQUI!

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