Documento vai embasar o Plano de Logística de Cargas e outras políticas do Plano de Mobilidade da Região Metropolitana
A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) disponibilizaram mais um produto do Plano de Mobilidade da RMBH: o Relatório da Matriz Origem e Destino de Cargas. O estudo permite entender como funciona o fluxo do transporte de cargas na região metropolitana da capital (clique aqui para baixar).
Para elaboração do relatório, foram utilizados dados fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), como nota fiscal, conhecimento de transporte e manifesto eletrônico de cargas, com base em informações de 2017. Entre as colaborações do Setcemg, estão a orientação para apresentação da tabela faixa de peso em toneladas da viagem e o tipo de veículo rodoviário inferido.
Conforme avalia o consultor técnico da Fetcemg e do Setcemg, Luciano Medrado, o estudo adota metodologia inédita no Brasil, de complexa intensidade técnica e científica. “O estudo demonstra o grau da baixa competitividade da economia da RMBH, que importa os produtos do consumo básico de locais fora da RMBH e de outros estados. Isso torna o custo logístico mais caro para o consumo da sociedade metropolitana” afirmou.
Um dos pontos de destaque do relatório é a possibilidade de realizar diagnósticos na área de Meio Ambiente, como a estimativa de consumo de combustível e emissão de poluentes. Além disso, o relatório permite mapear a circulação de cargas perigosas na RMBH, contribuindo para a definição de políticas de prevenção de acidentes com veículos que transportem produtos perigosos, como combustíveis e outras substâncias químicas.
MATRIZ ORIGEM E DESTINO DE CARGAS
De acordo com o documento, o processo de construção da matriz origem e destino de cargas foi apresentado e discutido nas reuniões do Comitê Técnico de Mobilidade da RMBH, e no seu Grupo de Trabalho de Logística de Cargas. No Grupo, foram apresentadas e discutidas as metodologias, e definidas as necessidades dos agentes do setor econômico da região. A metodologia definida busca construir uma matriz para atender as necessidades de identificação dos fluxos de cargas e caminhões, além das atividades econômicas relacionadas aos fluxos. A utilização da matriz extrapola os objetivos do atual Plano de Logística de Cargas, sendo uma nova referência para futuros projetos e estudos.
Vinte instituições, entre elas o Setcemg, empresas, secretarias e entidades da sociedade civil organizada, fizeram parte das reuniões para discutir e definir a metodologia.
Fonte: Setcemg com informações da Agência Minas
O TRC-Transporte Rodoviário de Cargas carece de dados para o planejamento. A Matriz Origem/Destino de cargas é uma ferramenta poderosa para as operações dos transportes bem como para a inteligência comercial das empresas.