Mais de uma semana tentando falar com esse motorista. Mas, quando conseguimos, ficou facilmente compreendido o motivo da dificuldade de fazer contato: a vida na estrada.
Essa é a realidade de Guilherme Aparecido Rodrigues de Castro, mineiro de Maravilhas (MG) e Motorista Nota 10 da Rodogranel, transportadora associada ao Setcemg.
O profissional nos atendeu em uma sexta-feira, numa pausa entre um carregamento e outra entrega. Há 3 anos na transportadora e há mais de 30 rodando pelas estradas do Brasil, Guilherme conta, orgulhoso, que aos 51 anos já rodou quase todo o Brasil. “Já rodei quase o país todo. Na Rodogranel, faço mais a região Nordeste”, conta.
Com emoção na voz, Guilherme conta que a profissão é um sonho de criança. Ele já passou por outras profissões, inclusive trabalhando em escritório. Mas o amor pela estrada falou mais alto. “Desde pequeno eu gostava de caminhão, achava bonita a profissão. Meu pai foi operador de máquina, meu tio fazia viagens curtas. Quando temos o óleo diesel no sangue, não tem jeito”, se diverte.
Casado, Guilherme conta que a esposa já se acostumou com sua rotina. “Fico no mínimo 10 dias fora, mas às vezes fico até 30 dias na estrada. Mas ela entende, já me conheceu assim. E também já levei ela em uma viagem, para entender a rotina. Ela sabe que na estrada é imprevisível”, diz.
Emocionado com a homenagem da Rodogranel, por ser indicado como o Motorista Nota 10, Guilherme destaca a importância do amor e dedicação. “É ótimo estar em uma empresa e se sentir valorizado. Essa é uma profissão muito sacrificante e cobrada. Tem que gostar, senão a gente não faz”, explica.
“A gente sempre procura fazer o melhor para atender a empresa e os clientes. Por questões de valores, tento sempre fazer o meu melhor para atendê-los”, completa.
Esse inclusive é um dos conselhos para inspirar os outros colegas de profissão a serem um Motorista Nota 10. “Dedicação! Dedicar à profissão e se enquadrar nas normas. Sempre a aprender, para estar preparado para resolver problemas na estrada com a tecnologia embarcada nos caminhões. Paciência e dedicação são as palavras de ordem”, conclui.