Marcelo Batista Dias, 48 anos, natural de Oliveira (Sul de Minas), tem quatro filhos e atua há 25 anos como motorista profissional.
Aos 22 anos, já dirigia caminhão fazendo coletas e entregas urbanas pela Expresso Oliveira. Foi crescendo profissionalmente com a empresa, aproveitando as oportunidades oferecidas e enfrentando os desafios.
Quando passou a dirigir carreta, sua rotina era o transporte de carga fracionada, os eletroeletrônicos, entre Minas Gerais e São Paulo. Saía por volta das 22 horas do depósito da Expresso Oliveira em Parque Novo, São Paulo, com rumo a Minas.
O encontro com o inesperado
Em um desses dias, saiu como de costume, às 22h, quando chegou na fronteira entre Minas Gerais e São Paulo e parou o caminhão em um posto para dormir na boleia do caminhão. Já dormindo, foi surpreendido por dois bandidos, que o renderam. “Tomaram o caminhão, puseram a arma na minha cabeça e seguimos até a Serra da Cantareira, próximo a São Paulo. Entraram pela mata e me colocaram em um cativeiro”, lembra.
Duas horas depois, Marcelo seguiu por 30 minutos a pé pela mata até a rodovia. “Não reagi, segui o que eles determinaram. Foi o que me salvou”, conta.
No corpo e na mente ficaram o trauma do assalto. “A Expresso Oliveira me deu todo o apoio para superar, mas fiquei um tempo sem querer pegar a estrada”, diz.
Superando o trauma com trabalho
Confirmando aquelas frases prontas como “a vida nos pede superação”, Marcelo, depois de sete anos na Expresso Oliveira, pediu para sair e em seguida conseguiu uma colocação na Expresso Nepomuceno (filial de Lavras), onde ficou por 14 anos.
Ele conta que enfrentou o seu trauma aceitando os desafios colocados e as oportunidades dadas pela empresa. Atuou na manutenção e chegou a instrutor de treinamento na Nepomuceno, reinventando-se como profissional.
No entanto, o seu desejo em pegar a estrada estava latente. “Não tem jeito está no sangue”, diz. Assim, Marcelo voltou para a estrada.
Motorista Nota 10 da EGSC
Atualmente, Marcelo faz a rota Minas Gerais/São Paulo na EGSC carregando produtos da Coca-Cola. “Estou há um ano e meio na empresa, que nos oferece ótima estrutura e boas condições de trabalho”, diz. Como ele mora em Oliveira, que fica entre São Paulo e Belo Horizonte, o local fica como um ponto de apoio estratégico para a empresa.
Marcelo continua suas capacitações e atualizações. No último fim de semana, esteve no Sest Senat de Contagem renovando seu curso de direção defensiva. Tem cursos atualizados de MOPP, cargas perigosas, cargas indivisíveis, condução econômica e muitos outros.
Agora, com a pandemia, os cuidados são redobrados na estrada. Para ele, é um grande desafio não se contaminar para não levar o vírus para casa e para a empresa. Marcelo evita aglomerações e leva consigo alimentos para preparar na pequena cozinha do caminhão.
A estrada faz parte de sua vida mesmo com todos os percalços e perigos. “Trabalho com muita cautela, com a certeza de que minha família me espera”, diz. Ele finaliza dizendo que o amor à profissão e à família o ajudam a superar as dificuldades.
Boa viagem, Marcelo!
Parabéns irmão.
Você merece este reconhecimento.
Felicidade hoje e sempre….
TJM…